Clarice Lispecto nunca soube explicar seu processo de criação. um mistério. Quando penso numa história, eu não tenho uma vaga visão do conjunto, mas isso é uma coisa de momento, que depois se perde. Se houvesse premeditação eu me desinteressaria pelo trabalho fato, as historias de Clarice raramente tem um enredo, um começo, meio e fim, segundo os nomes narrativas tradicionais. Muitas vezes ela chamou atenção para isto, afirmando que, na verdade, não era uma escritora, mas sim uma sentidora, uma intuitiva: registrava o que sentia através da palavra escrita: um vinculo, como outro qualquer. Das a idéia de que seus livros, mais do que historias, com impressões "Isso mesmo frisava, os meus livros não se preocupam com os fatos em si, porque para mim o importante é a repercussão dos fatos no individuo". Muitas de suas obras apresentam, por isso mesmo, subtítulos explicativos, como, por exemplo Pulsações de Um sopro de vida, como se estivessem indicando: não é um conto ou não é um romance um . Deste modo, o estudo da produção literária de Clarice Lispector indica-nos um projeto críticos em relações aos padrões institucionalizados da escrita literaria e da própria vida cotidiana em geral.
Suas personagens, representativas da situações alienada dos indivíduo das grandes cidades, geralmente são tensas e inadapetadas a um mundo repetitivo e autentico, que as despersonaliza. E os narradores que aparecem em sua obra são, por outro lado, sempre contestando a linguagem literária padronizada. É assim que acontece com o "Autor" de Um sopro de vida (ele, um personagem não nomeado):
terça-feira, 30 de junho de 2009
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