terça-feira, 30 de junho de 2009

AS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DE SEUS TEXTOS

Clarice Lispecto nunca soube explicar seu processo de criação. um mistério. Quando penso numa história, eu não tenho uma vaga visão do conjunto, mas isso é uma coisa de momento, que depois se perde. Se houvesse premeditação eu me desinteressaria pelo trabalho fato, as historias de Clarice raramente tem um enredo, um começo, meio e fim, segundo os nomes narrativas tradicionais. Muitas vezes ela chamou atenção para isto, afirmando que, na verdade, não era uma escritora, mas sim uma sentidora, uma intuitiva: registrava o que sentia através da palavra escrita: um vinculo, como outro qualquer. Das a idéia de que seus livros, mais do que historias, com impressões "Isso mesmo frisava, os meus livros não se preocupam com os fatos em si, porque para mim o importante é a repercussão dos fatos no individuo". Muitas de suas obras apresentam, por isso mesmo, subtítulos explicativos, como, por exemplo Pulsações de Um sopro de vida, como se estivessem indicando: não é um conto ou não é um romance um . Deste modo, o estudo da produção literária de Clarice Lispector indica-nos um projeto críticos em relações aos padrões institucionalizados da escrita literaria e da própria vida cotidiana em geral.
Suas personagens, representativas da situações alienada dos indivíduo das grandes cidades, geralmente são tensas e inadapetadas a um mundo repetitivo e autentico, que as despersonaliza. E os narradores que aparecem em sua obra são, por outro lado, sempre contestando a linguagem literária padronizada. É assim que acontece com o "Autor" de Um sopro de vida (ele, um personagem não nomeado):

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